Um bom atendimento vai muito além de uma internação tranquila e sem intercorrências. Para o paciente, a qualidade de vida após a alta pode ser tão ou mais importante do que o momento do tratamento, deixando consequências positivas ou negativas sentidas diariamente. Para medir sequelas, limitações e outros problemas depois da saída da Instituição e entregar uma assistência mais qualificada e assertiva, o Hospital Mãe Deus (HMD) criou a Célula de Desfechos Clínicos.
O projeto busca compreender como os nossos pacientes são devolvidos para a sua vida diária. Para isso, são aplicados questionários padronizados, validados através da literatura nacional e internacional, que avaliam a pessoa como um todo, levando em conta o perfil, comorbidades e as terapias utilizadas. Os formulários adotados são individualizados por área, com perguntas e prazos de aplicação específicos.
No HMD, o processo já é realizado na Oncologia, em casos de quimioterapia oral e radioterapia, câncer de mama e TMO. As próximas especialidades abordadas serão a Emergência Cardioneurológica (Síndrome Coronariana Aguda e Acidente Vascular Cerebral) e a Traumatologia (Fratura de Quadril).
A análise dos dados obtidos permitirá a descoberta de informações valiosas para a melhora dos processos. “Estamos começando devagar, em algumas linhas de cuidado, e vamos expandir com o passar do tempo. Para essa ampliação, precisamos ter protocolos assistenciais bastante claros e desenhados dentro de cada especialidade. Isso traz não apenas um atendimento mais individualizado, mas também a capacidade de analisar quais tratamentos têm melhores resultados em cada tipo de paciente, entregando mais valor para os nossos públicos. Esse também é o primeiro passo para a saúde baseada em valor, o famoso VBHC, que está diretamente relacionado a novas formas de remuneração em saúde”, explica a gerente de Qualidade, Francyne Lopes.