Ferramenta de inteligência artificial passa a ser utilizada nas Unidades de Internação

Desde agosto de 2020, o Hospital Mãe de Deus conta com uma ferramenta de inteligência artificial para avaliação da chance de deterioração clínica: Robô Laura. Inicialmente utilizada apenas no 7º Andar Alfa e 5º Andar Beta, em um projeto piloto, sua atuação agora foi ampliada, passando a ser utilizada em todas as Unidades de Internação. Inserido no plano de expansão do Command Center do Hospital Mãe de Deus, a iniciativa é uma parceria com a Startup Laura e a Fleury, nosso laboratório terceiro.
 
A tecnologia utiliza o banco de dados de vários hospitais, para predizer, através do padrão de sinais vitais, a possibilidade de piora clínica. Com essa informação, é possível antecipar intervenções de enfermagem e médicas, aumentando a segurança assistencial.
 
Essa iniciativa é especialmente importante para o atendimento de doenças tempo-dependentes, como a sepse, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral. As patologias apresentam alteração discretas nos sinais vitais antes de eventos mais graves, que, se identificados rapidamente, permitem intervenções com maior velocidade e a redução de danos.
 
Desde 2018, as Unidades de Internação do HMD utilizam o escore Modified Early Warning Score (MEWS) para essa detecção. Quando ocorre a elevação do MEWs, o Time de Resposta Rápida é acionado. Trata-se de uma equipe de enfermagem e médica de plantão 24 horas por dia, 7 dias por semana, para atender de imediato as situações agudas. O grupo inicia a pronta assistência alinhada com seu médico assistente e, quando necessário, realoca o paciente para local condizente as suas necessidades, como, por exemplo, o CTI adulto.
 
A Robô Laura colabora ainda mais com esse processo, já que, além de realizar os cálculos automáticos por meio de algoritmos previamente validados, disponibiliza alertas amarelos e vermelhos em televisores presentes nos postos de enfermagem, auxiliando o Enfermeiro na avaliação e na tomada de decisão, no acionamento do TRR e na reavaliação dos parâmetros de sinais vitais. Além disso, os dados podem ser acessados por meio de timeline. Evidências científicas demonstram maior sensibilidade e especificidade desse instrumento frente ao MEWS, logo maior poder para perceber adequadamente risco aos pacientes.