Pensando na melhor experiência do paciente e de sua família durante o processo de internação, o Hospital mãe de Deus destaca a atuação da Terapia Ocupacional junto às equipes das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), colocando-se como o único hospital de Porto Alegre a oferecer este serviço com foco nas UTIs.
A terapia ocupacional reconhece o sujeito na centralidade do atendimento (desejos, história de vida, contexto) e busca restabelecer, quando possível, as habilidades necessárias para que ele possa desempenhar suas atividades do dia a dia, com autonomia e segurança. Quando a reabilitação não é possível, busca-se o caminho das adaptações.
Suas ações estão em 4 grandes frentes: comprometimento cognitivo, dificuldade de comunicação aspectos sensório-motores e no treino das atividades de vida diária. Durante o atendimento, a terapeuta constrói junto ao paciente um projeto individualizado conforme as demandas.
A atuação da terapeuta ocupacional junto ao paciente hospitalizado proporciona melhores condições para o enfrentamento da internação, níveis de independência, autonomia, funcionalidade e qualidade de vida, facilitando a retomada da vida cotidiana.
A prescrição pode ser feita pela equipe de enfermagem e pela equipe médica, no item de prescrição – atendimento de terapia ocupacional.
Critérios para prescrição da Terapia ocupacional
– Pacientes saindo do processo de sedação para estimulação cognitiva, multissensorial;
– Pacientes com alterações no desempenho de suas atividades básicas de vida diária: higiene e cuidados pessoais (fraldas, banho, vestir-se, ir ao banheiro), alimentação, transferência, descanso e sono;
-Pacientes com dificuldades/impossibilidade de comunicação verbal para ajuste de comunicação alternativa e ampliada;
– Pacientes em risco e/ou em processo de delirium;
– Pacientes com alterações cognitivas (para estimulação, treino e reabilitação);
–Pacientes com sequelas neurológicas em pré alta hospitalar para treinar habilidades, orientações de adaptação de domicílio, reserva de energia;
–Pacientes com risco de desenvolver lesões e/ou com lesões já instauradas para produzir ajustes posturais, confecção de tecnologias assistivas, treino para retirada de fraldas;
– Pacientes com diagnóstico recente e/ou com alterações significativas no curso da doença para acompanhamento da elaboração do diagnóstico e avaliação dos efeitos em sua rotina/cotidiano e ocupações;
– Aspectos referentes à internação (1° internação, período prolongado, empobrecimento do cotidiano hospitalar, necessidade de organização da rotina hospitalar, sofrimento ocupacional);
– Pacientes em cuidados paliativos;
– Necessidade de tecnologia assistiva;
– Necessidade de orientações quanto ao posicionamento;
– Intervenção nos aspectos sensórios/motores;
– Desejo da/o paciente em ser atendida/o pela terapia ocupacional.